EQL News: Entrevista exclusiva com Zélia Cardoso de Mello, ex-ministra do governo Collor
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“Eu não tenho dúvida de que muito da reação ao Plano Collor veio pelo fato de eu ser mulher. Eu tinha visto isso acontecer ao longo da minha carreira em muitos momentos.”
A frase é da ex-ministra Zélia Cardoso de Mello, capa da primeira edição da revista EUFRASIA, publicação da Elas Que Lucrem feita especialmente para discutir independência financeira, autonomia, comportamento, carreira, empreendedorismo e tudo mais que mexe com o bolso e com o futuro das mulheres.
Trinta anos após sua passagem pelo Ministério da Fazenda e da controversa medida de confisco da poupança dos brasileiros, Zélia fala com exclusividade sobre machismo, carreira, filhos e desafios da economia brasileira em 2022 diretamente de seu apartamento em Nova York.
Por Gabriela Amerth
Mas, afinal, quem foi Eufrasia?
Eufrasia Teixeira Leite foi a primeira investidora do Brasil e a primeira mulher no mundo a fazer gestão de um patrimônio com investimentos distribuídos em cinco continentes. Nascida em 1850 em Vassouras, no Rio de Janeiro, no berço de uma família rica, ficou órfã aos 23 anos e, ao lado da irmã, passou a administrar a fortuna da família, multiplicando o patrimônio recebido com um portfólio diversificado de investimentos.
Mas para entender o pioneirismo de Eufrasia é preciso avaliar também o contexto e desafios vividos pelas mulheres de sua época. Ela cresceu durante o Brasil Império, período que tem início logo após a proclamação da independência – tempo em que para as mulheres só restava servir: aos esposos, filhos, à família e à religião.
Mulheres também não tinham direito a voto, tampouco autonomia financeira. Vale lembrar que até 1962, elas só podiam abrir conta em bancos, trabalhar fora de casa ou aceitar o recebimento de heranças com a autorização do esposo, conforme previsão do Código Civil de 1916.
Tradição, separação e autoconhecimento
Permitir-se renovar os sonhos, deixar para trás as “certezas da vida” e recomeçar. Estas são algumas das lições compartilhadas por Carol Celico, 33 anos, em entrevista à EUFRASIA. Depois de uma criação tradicional, um casamento jovem e um divórcio exposto publicamente, Carol precisou aprender a lidar com a intensidade dos acontecimentos em sua vida.
Longe dos holofotes, mas não do público, Carol é presidente da Fundação Amor Horizontal, entidade que tem por objetivo ajudar crianças carentes e incentivar a cultura da doação no Brasil.
Atualmente, a agenda da empresária se divide entre a família, a Fundação e os projetos futuros ligados ao empreendedorismo. Na conversa, ela fala sobre saúde emocional, divórcio, relacionamento com transparência e divisão financeira e muito mais.
Entenda de uma vez o que é venture capital
Cada vez mais no mundo dos investimentos ouvimos o termo investimento-anjo. O tema já invadiu programas de entretenimento, como o “Shark Tank Brasil”, e tem alguns grandes influenciadores e celebridades falando sobre isso. Mas, afinal, o que isso significa?
Para começar uma empresa, seja ela qual for, o empreendedor precisa de um investimento inicial. Mas há empresas que têm a ambição de trazer uma inovação expressiva em algum mercado, mudando totalmente a forma de fazer algo que já é repetido por muitos anos. É nestes casos que entra em cena as modalidades de investimento batizadas de venture capital.
“O venture capital nada mais é que investir em empresas em estágio inicial – normalmente em seus primeiros anos de existência – de até médio porte, que tenham a promessa de crescimento exponencial. Ele é ideal para pessoas que, além de dinheiro, também almejam destinar seu tempo para apoiar empreendedores nos desafios que aparecem nessa jornada de criar empresas e ajudá-las a crescer”, explica Flávia Mello, investidora-anjo e colunista da EQL.
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