A baixa no exterior é acentuada com as preocupações de investidores diante das promessas de medidas austeras de bancos centrais por causa da alta da inflação.
Aqui no Brasil, a bolsa brasileira acompanha o mau humor externo e ainda está sob pressão das três gigantes – a CSN, a Usiminas e a Vale – terem parado suas atividades por causa das chuvas fortes no país.
Na manhã de ontem (10), a Usiminas anunciou a paralisação temporária da subsidiária Mineração Usiminas (MUSA) por conta das chuvas em Itatiaiuçu, Minas Gerais.
Já a CSN divulgou também na manhã de ontem que as atividades da mina Casa de Pedra, em Congonhas, Minas Gerais, foram suspensas, assim como a operação portuária de carregamento de minério no terminal de carvão TECAR no porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro.
A Vale paralisou parcialmente hoje a circulação de trens na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e a produção nos Sistemas Sul e Sudeste.
No início da tarde, o Ibovespa caía 1,13% aos 101.558 pontos.
As ações da Vale (VALE3) perdiam 1,15% a R$ 83,02.
No entanto, as ações da CSN (CSNA3) subiam 2,94% a R$ 24,83 e da Usiminas (USIM5) avançavam 2,52% a R$ 15,05, na lista das maiores altas do índice, após avaliação do Goldman Sachs extremamente otimista com a produção global de commodities em um chamado ‘superciclo’ que pode durar uma década, segundo a instituição.
Dólar começa semana em alta com exterior arisco e persistente ruído fiscal doméstico
O dólar começou a semana em alta frente ao real, num dia (ontem, 10) amplamente negativo no mundo para ativos considerados mais arriscados, diante de receios cada vez maiores sobre os potenciais impactos de altas de juros nos Estados Unidos neste ano.
O dólar à vista fechou com valorização de 0,72%, a R$ 5,6723, devolvendo boa parte da queda de 0,85% da sexta-feira (7).
Ao longo desta segunda, a cotação oscilou entre ligeira baixa de 0,05%, a R$ 5,6292, e ganho de 1,10%, para R$ 5,694.
Na B3, às 17:31 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,66%, a R$ 5,7025.
O dólar subiu no Brasil assim como em outros países emergentes. Contra o rand da África do Sul, por exemplo, a moeda dos EUA avançava 0,7%, enquanto ganhava 1% ante o peso chileno. Uma cesta mais ampla de divisas emergentes perdia 0,11%.
O pregão foi novamente de combalido apetite por risco, o que afeta diretamente moedas do perfil do real, vistas como mais arriscadas e correlacionadas aos preços das commodities, os quais caíram nesta segunda.
Os contratos futuros do minério de ferro de referência na China recuaram 2% nesta segunda-feira. O insumo é um dos mais relevantes na pauta de exportação brasileira.
O rali das taxas dos títulos de dívida do governo norte-americano tomou novo fôlego nesta sessão e ajudou a dar impulso ao dólar globalmente, na medida em que ampliou os retornos de investimentos na renda fixa lastreada na moeda dos EUA.
O mercado discute amplamente chances de mais de três elevações de juros nos Estados Unidos e também redução da carteira de ativos do banco central dos EUA – combinação que enxugaria a quantidade de dólares no sistema financeiro, colaborando para aumento do preço da moeda.
“Mantemos viés positivo para o dólar”, disseram profissionais do Citi em nota, citando potenciais reveses aos mercados emergentes decorrentes de aperto monetário nos EUA. Aqui, os porta-vozes destacaram que a eleição presidencial ainda não está “totalmente” no radar e que uma desaceleração mais expressiva do crescimento econômico na margem é um risco para a taxa de câmbio.
O dólar ganhou terreno no Brasil nesta segunda-feira depois de na semana passada já ter valorizado cerca de 1%. Não bastassem temas internacionais, analistas têm afirmado que o real volta a mostrar fragilidade devido ao cenário para as contas públicas, cuja incerteza ganhou novos contornos com a pressão de servidores públicos por aumentos salariais.
“Este é um risco fiscal importante, já que não há espaço para aumento geral de salários neste ano dentro do teto de gastos constitucional: pelos nossos cálculos, um aumento de 10% no salário dos servidores públicos federais custaria cerca de R$ 30 bilhões”, disse a XP.
Barômetros Globais sobem em janeiro e sinalizam melhora no início de 2022
Após caírem na maior parte do segundo semestre de 2021, os Barômetros Econômicos Globais, indicadores que permitem analisar o desenvolvimento econômico mundial, sobem pelo segundo mês consecutivo, informou hoje (10) o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O Barômetro Coincidente se mantém acima da média histórica, enquanto o Barômetro Antecedente retorna à faixa neutra dos 100 pontos.
O Barômetro Econômico Global Coincidente subiu 0,4 ponto em janeiro, para 108,7 pontos enquanto o Barômetro Econômico Global Antecedente avançou 3,6 pontos, para 100,9 pontos, maior nível desde setembro de 2021 (108,1 pontos).
Segundo o Ibre/FGV, ambos os resultados foram bastante influenciados pela melhora do ambiente econômico na região da Ásia, Pacífico e África.
Vendas de NFT atingem quase US$ 25 bilhões em 2021
De desenhos de macacos a videoclipes, as vendas de tokens não fungíveis (NFT) atingiram cerca de US$ 25 bilhões em 2021, mostraram dados da empresa de acompanhamento do mercado DappRadar divulgados ontem (10) e que sinalizaram para uma desaceleração do crescimento.
O volume de vendas de NFT totalizou US$ 24,9 bilhões em 2021, em comparação com apenas 94,9 milhões no ano anterior, segundo os dados da DappRadar. A empresa coleta dados em dez blockchains diferentes, que são usados para registrar quem possui os NFTs.
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