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O&P: Volatilidade pouca é bobagem
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O&P: Volatilidade pouca é bobagem

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Jan 6
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O&P: Volatilidade pouca é bobagem
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2022 já é um ano predestinado à volatilidade. Mas o que significa esse termo tão mencionado no mercado financeiro?

Volatilidade é oscilação, variação constante, das cotações, ou seja, dos preços. Ela pode ser boa para alguns investidores que ganham com essas mudanças porque se especializaram em operar com estes movimentos bruscos.

Mas a volatilidade excessiva também pode ser prejudicial aos investidores mais conservadores que, mesmo na renda variável, esperam ganhos de longo prazo. São os chamados ‘holders’ da bolsa de valores.

Nos primeiros pregões deste novo ano, a bolsa brasileira já demonstrou que o jogo será duro. Baixa do Ibovespa até o momento com as incertezas sobre o que vem pela frente.

Só na sessão de ontem (5), o Ibovespa teve abertura em baixa, ampliou as perdas, mostrou melhora chegando perto da estabilidade e voltou a cair. Tudo isso em poucas horas! Realmente, não é brincadeira.

Em 2022, teremos:

  • Eleições no país, o que significa incerteza política e gastos públicos extras para a obtenção de votos

  • Avanço da variante do coronavírus ômicron, o que representa incerteza sobre a saúde pública global e a atividade econômica

  • Alta carga tributária no mundo para compensar gastos com a pandemia, o que gera insegurança para investimentos

  • Juros básicos elevados no mundo para conter o avanço da inflação também gerada na pandemia

  • Copa do Mundo no Catar, o que costuma movimentar apenas os setores esportivo e de turismo em detrimento dos demais

  • Continuidade de desequilíbrio climático que afeta agricultura, causa desastres ambientais – a exemplo do sul da Bahia – e prejudica a vida das pessoas, além da economia em geral

Estas são apenas algumas das variáveis esperadas para 2022. Eu posso estar me esquecendo de alguma – por favor, me lembrem! – ou deixando de citar aquelas que sequer imaginamos que vão acontecer.

Mas tudo isso para dizer que a bolsa de valores vai reagir a tudo isso com muita volatilidade que será palavra bastante comentada ao longo deste ano e deverá ser tratada com cautela, responsabilidade e sabedoria.

Fique atenta ao conteúdo educativo da EQL para aprender a tirar proveito desta volatilidade do mercado em vez de ser prejudicada pela falta de informação e de decisões corretas de investimentos.



Fluxo cambial fecha 2021 com melhor resultado em seis anos

O Brasil registrou em 2021 a maior entrada líquida de moeda estrangeira pelo câmbio contratado em seis anos, no equivalente a pouco mais de US$ 6,1 bilhões, após três anos consecutivos de saldos negativos, mostraram dados do Banco Central de ontem (5).

O fluxo cambial foi superavitário em US$ 6,134 bilhões no acumulado do ano, melhor resultado desde 2015 (+US$ 9,414 bilhões).

A sobra de dólares, contudo, representa um volume modesto comparado com os US$ 73,686 bilhões perdidos entre 2018 e 2020. Apenas em 2020, o déficit fora de US$ 27,923 bilhões.

O fluxo positivo no ano de 2021 foi limitado por uma forte saída de recursos em dezembro, de US$ 9,946 bilhões, a mais expressiva para qualquer mês desde dezembro de 2019 (-US$ 17,612 bilhões).

Com a debandada de moeda no mês passado, os bancos tiveram de prover liquidez, o que elevou sua posição vendida na divisa no mercado à vista a US$20,668 bilhões, maior valor desde março, quando ficou em US$ 21,081 bilhões.

Ao longo de todo o ano passado o Bacen liquidou a venda de US$ 11,982 bilhões no mercado à vista, dos quais US$ 4,837 bilhões apenas em dezembro, mês de tradicional aumento de saída de recursos do país.

Considerando operações de linhas, o BC liquidou a recompra de US$ 4,900 bilhões em 2021.



Intenção de Consumo das Famílias de 2021 fecha abaixo do nível de satisfação

O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) fechou o ano de 2021 em 71,6 pontos, uma queda de 9,9% em relação ao registrado em 2020, quando a queda de 15,9% deixou o indicador em 79,4 pontos. Desde 2015 o ICF não alcança o nível de satisfação, que é de 100 pontos.

O indicador em 2021 atingiu o menor nível histórico, ficando abaixo do mínimo anterior, de 2016, quando fechou em 73,3 pontos. 

Os dados foram divulgados hoje (5) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Por faixa de renda, as famílias que ganham mais do que dez salários mínimos tiveram queda no consumo de 5%, ficando em 86,9 pontos. Para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos, a queda foi maior, de 11,2%, com o indicador atingindo 68,4 pontos.

Por região, as famílias do Norte indicaram a maior queda na intenção de consumo, de 26,1%, ficando também com o menor indicador, em 59,5 pontos. A menor oscilação ocorreu no Nordeste, com queda de 4,6%, ficando com o segundo maior ICF, em 73,9 pontos. As famílias do Sul tiveram a maior intenção de consumo, com 79,1 pontos.

Momento atual

Com relação ao quesito Emprego Atual, o indicador atingiu 89,3 pontos, uma queda de 9,5%, ficando no menor patamar da série histórica. Do total de entrevistados, 35% disseram se sentir tão seguros quanto no ano anterior, a maior proporção da série histórica; 31,5% estão menos seguros; 20,8% se sentem mais seguros com relação ao emprego e 12% declararam estar desempregados.

Na Renda Atual, houve recuo de 14,8% em 2021, alcançando 78,1 pontos, também o menor nível histórico. Entre os entrevistados, 40,6% declararam que a renda está pior do que no ano passado, 40,2% disseram ser igual e 18,8% melhoraram a renda.

O Acesso ao Crédito registrou queda de 7%, ficando em 81,9 pontos. A compra a prazo ficou mais difícil para 42,2% dos entrevistados, mais fácil para 24,1% e permaneceu igual ao ano anterior para 17,9%.

O Nível de Consumo Atual alcançou o nível de 55,6 pontos, o menor nível desde 2017, após registrar queda de 7,9%. Do total, 57,8% das famílias consideraram que em 2021 o consumo foi menor do que em 2020; 28,7% disseram ter sido igual e 13,4% disseram que foi maior.

O indicador do Momento para Duráveis atingiu o nível de 43,2 pontos, o menor subíndice do ano e da série histórica, com queda de 20,1%. O momento está negativo para comprar esse tipo de produto para 75,8% das famílias e para 19% o momento é bom.

Perspectivas

O quesito Perspectiva Profissional recuou 4,8% no ano, ficando em 83,3 pontos, o menor nível histórico. Entre os entrevistados, 53,3% disseram ter perspectivas negativas, o maior percentual da série histórica, e 36,6% estão otimistas.

O indicador da Perspectiva de Consumo ficou em 69,9 pontos, uma redução de 7,8%. Do total, 53,5% das famílias disseram que vão consumir menos nos meses seguintes; 21,4% acreditam que manterão o mesmo nível e 23,4% consumirão mais.

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