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O&P: Bolsa com jeitinho de rally de dezembro
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O&P: Bolsa com jeitinho de rally de dezembro

Tempo médio de leitura: 13 minutos

Dec 14, 2021
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Descolado das bolsas em Nova York, o Índice Bovespa seguiu com alta modesta ontem (13).

Trata-se de uma demonstração de que ainda temos ações de empresas bem estruturadas a preços convidativos que são chamariz para investidores em todo o mundo.

No topo dos destaques de alta, ações do segmento de saúde, os papéis ON e PN da Eletrobras, além das ações da Vale.

O setor de saúde vem sofrendo forte movimento de M&A – sigla em inglês para fusão e aquisição – neste momento de pandemia mais controlada.

Já a Eletrobras está sendo preparada para a privatização no primeiro trimestre de 2022, e Vale anunciou a venda de participação na California Steel – siderúrgica norte-americana – por US$ 400 milhões.

A última intervenção veio do Supremo Tribunal Federal no sábado (11), com o ministro Luís Roberto Barroso determinando a obrigatoriedade do passaporte vacinal para a entrada no Brasil, desautorizando o Ministério da Saúde e o governo federal que haviam liberado a entrada no país sem o documento que atesta a vacinação completa do indivíduo.

A polêmica não havia mexido com a bolsa nos pregões anteriores, mas uma medida que proteja a população – e consequentemente a economia – sempre é bem recebida pelo mercado.

Agora, até o final da sessão de hoje na bolsa brasileira, os ganhos tendem a diminuir, mas o comportamento otimista do início dos negócios com jeitinho de rally de dezembro vai ficar registrado nas memórias financeira e afetiva dos investidores.



Banco Central vende US$ 905 milhões em dólar à vista

O Banco Central voltou a aumentar a oferta de moeda estrangeira no mercado de câmbio ao vender US$ 905 milhões em moeda física, o que ajudou a tirar a divisa norte-americana de máximas perto de R$ 5,68 ontem (13).

O BC anunciou a operação às 13h10 (de Brasília), quando a cotação estava por volta de R$ 5,67, depois de saltar 1,17%, a R$ 5,679, em torno de 13h.

Às 13:29 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,80%, a R$ 5,6585 na venda.

O contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,71%, a R$ 5,6815, depois de superar R$ 5,70 no pico.

É a segunda sessão consecutiva em que o Bacen faz oferta de dólar à vista, instrumento geralmente utilizando em momentos de maior escassez de moeda física no mercado.

Mais cedo, o BC já havia irrigado o mercado de câmbio com US$ 700 milhões via contratos de swap cambial tradicional, cuja colocação equivale a uma venda de dólares no mercado futuro.



Previsão da inflação diminui pela primeira vez em 35 semanas

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, diminuiu de 10,18% para 10,05 neste ano. Essa é a primeira redução depois de 35 semanas consecutivas de alta.

A estimativa está no Boletim Focus de ontem (13), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa das instituições para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação, do Focus, manteve-se em 5,02%. Para 2023, a previsão apresentou uma redução de 3,50% para 3,46%. Em 2024 registrou uma pequena variação de 3,10%, para 3,09%.

A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Para 2022 e 2023, as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente, também com intervalo de tolerância 1,5 ponto percentual.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 9,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), na última reunião do Copom deste ano, realizada na semana passada.

Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica chegue a 11,50% ao ano (na semana passada a estimativa era de 11,25%). E para 2023 e 2024, a previsão é de Selic em 8% ao ano e 7% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 4,71% para 4,65%. Para 2022, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 0,50%. Na semana passada, a estimativa de expansão era de 0,51%. Em 2023 e 2024 o mercado financeiro projeta expansão do PIB de 1,90% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar para o fim deste ano subiu de R$ 5,56 para R$ 5,59. Para o fim de 2022, a previsão permanece em R$ 5,55.


Alimentos e presentes pressionam inflação do Natal

A inflação do Natal deste ano mostrou variação de 5,39% no acumulado dos últimos 12 meses, de acordo com dados divulgados ontem (13), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV)

Ela ficou abaixo da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da FGV, (9,88%) de dezembro de 2020 até novembro deste ano. Embora o resultado seja inferior ao apurado no mesmo período do ano passado, quando atingiu 13,51%, ele superou o de anos anteriores: 3,81% em 2019; 3,37% em 2018; e -2,30%, em 2017.

Segundo Matheus Peçanha, economista do Ibre e responsável pela pesquisa, o fator que mais puxou a inflação foi o aumento dos alimentos, com variação média de 7,93%, apesar de ter ficado bem menor do que no mesmo período do ano anterior (28,61%). Nos últimos 12 meses, o frango inteiro, por exemplo, subiu 24,28%, liderando a lista dos itens que mais pressionam o bolso do consumidor. Em seguida, aparecem ovos (17,79%), azeitona (15,13%), carnes bovinas (14,72%), farinha de trigo (13,70%) e azeite (13,26%).

No sentido inverso, houve queda nos preços do arroz (-8,27%) e do pernil suíno (-1,27%). Peçanha lembrou que os problemas nos custos de produção, “que sofremos desde o ano passado, com secas, geadas, alta nos preços dos combustíveis e energia elétrica, ainda se fazem sentir, sobretudo, nas proteínas. O câmbio alto, favorecendo a exportação das carnes, também contribuiu para manter os preços das proteínas em alta”. Ele disse, entretanto, que o retorno gradual das chuvas já tem normalizado a dinâmica de diversos preços de alimentos como arroz, frutas, hortaliças e legumes.

Presentes para o fim de ano

Em relação aos presentes para o fim de ano, o economista destacou que quem não antecipou as compras durante a Black Friday, em novembro, vai desembolsar neste Natal um pouco mais do que no ano passado. A média da variação de preços dos presentes mais procurados ficou em 3,39%, ante 1,39% de 2020, 1,28% em 2019, 1,71% em 2018 e 1,02% em 2017.

Vestuário (4,80%), acessórios (2,57%), recreação e cultura (2,13%) e eletrodomésticos e eletrônicos (1,73%) foram os segmentos que mais subiram. Peçanha alertou que os produtos que mais variaram também são os de menor valor. Por isso, recomendou que o consumidor deve ter cautela ao gastar, uma vez que o mercado de trabalho apresenta desemprego e renda reprimida e o cenário no país ainda é de incertezas elevadas.

O economista avaliou que o momento é de retorno gradual, “ainda que a variante Ômicron já esteja no radar, e é natural ver o movimento da população de realizar um consumo que foi frustrado nessa mesma época do ano passado, mesmo com um cenário de emprego e renda não convidativos. É importante ter cautela, planejar bem o consumo e usar o crédito de modo responsável”, reforçou.

Ele recomendou que, para economizar, o consumidor deve pesquisar muito. “Hoje, a tecnologia facilita muito isso com buscadores de ofertas. Vale aproveitar descontos e, de repente, juntar com familiares, amigos ou vizinhos para fazer compras em quantidade e ganhar desconto no atacado”, finalizou.

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