O&P: Bolsonaro não abala mais a Petrobras
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A bolsa brasileira mantém a alta desde o início dos negócios em sintonia com os ganhos nos Estados Unidos ontem (6). Lá, com exceção da bolsa de ações de tecnologia Nasdaq em queda hoje, os índices mantêm alta consistente.
As ações da Petrobras (PETR3, PETR4) não se abalaram com a fala de ontem do presidente Jair Bolsonaro sobre a estatal anunciar nesta semana uma redução nos preços dos combustíveis.
Ultimamente, os comentários dele não têm feito nem cócegas no desempenho das ações da Petrobras. Caíram mesmo em descrédito. Os investidores sabem que o CEO da Petrobras, Joaquim Silva e Luna – nomeado em abril pelo próprio Bolsonaro – tem compromisso firme com os resultados da empresa e não deverá deixar que o discurso político e demagógico atrapalhe as finanças da companhia.
O desmentido sobre a redução de preços foi enviado pela Petrobras hoje para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Fato é que, se houver queda no consumo global do petróleo devido a qualquer motivo, talvez até pelo avanço da variante ômicron, a cotação internacional do barril deverá cair. Aí, sim, a Petrobras encontrará margem para redução nos preços internos dos combustíveis.
Do contrário, Silva e Luna deve manter a política de preços da estatal com base nas cotações internacionais da commodity petróleo. Durante todo o ano de 2021, ele demonstrou a que veio: entregar resultados satisfatórios da Petrobras.
Ibovespa sobe pela terceira sessão seguida diante de menor receio com ômicron
O Ibovespa marcou a terceira alta seguida ontem (6), para o maior nível de fechamento desde meados de novembro, com menores receios em relação à Ômicron e o andamento da PEC dos Precatórios sustentando o clima positivo na bolsa brasileira.
Vale foi a maior contribuição positiva para o índice, enquanto Rumo ocupou a ponta oposta.
O Ibovespa subiu 1,7%, a 106.858,87 pontos, maior nível de fechamento desde 11 de novembro. O volume financeiro da sessão foi de R$ 27,9 bilhões.
As ações abriram em alta, em linha com as bolsas europeias e petróleo, em meio a informações preliminares menos negativas sobre a variante Ômicron. A abertura positiva em Nova York deu novo impulso, além de informação sobre encontro de autoridades do Congresso para debater a PEC dos Precatórios.
“Essa terceira alta consecutiva é mais por conta de uma melhora da perspectiva”, disse Fred Nobre, analista sênior de investimentos da Warren, citando a aprovação da PEC no Senado e informações preliminares sobre a Ômicron ditaram uma correção na bolsa brasileira, após cinco quedas mensais seguidas.
Uma autoridade de saúde sul-africana disse que a nova variante do coronavírus causa infecções leves, enquanto Anthony Fauci, principal autoridade de doenças infecciosas dos EUA, disse que “não parece haver grande grau de gravidade” da variante até agora.
Dólar renova máxima desde abril com expectativas por Fed ofuscando Copom
O dólar subiu para uma nova máxima em quase oito meses frente ao real ontem (6), com apostas em aumentos antecipados de juros nos Estados Unidos ofuscando fortes expectativas de elevação da taxa Selic nesta semana, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) realiza sua última reunião de 2021.
A previsão em pesquisa da Reuters é de que o BC anuncie ao final do encontro de dois dias, na quarta-feira (8), alta da Selic a 9,25% ao ano, ante 7,75% atualmente.
A divisa norte-americana à vista subiu 0,25%, a R$ 5,6925 na venda, nova máxima para encerramento desde 13 de abril deste ano (R$ 5,7175). Na B3, às 17:21 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,55%, a R$ 5,7175 .
Várias autoridades do Fed sinalizaram recentemente que o banco central norte-americano está preparando o terreno para acelerar o ritmo de redução de seus estímulos e possivelmente antecipar aumentos de juros para 2022, uma vez que dados econômicos têm indicado persistência da inflação e aperto no mercado de trabalho – apesar de um relatório de empregos do governo referente a novembro ter vindo abaixo das expectativas do mercado.
Banco do Brasil faz mutirão de renegociação de dívidas
O Banco do Brasil (BB) começou ontem (6) um mutirão de negociação de dívidas que vai até o dia 17 de dezembro, com descontos de até 95% para pagamento à vista das dívidas vencidas. Também será possível descontos nas taxas de juros e prazo de até 100 meses para renegociação a prazo de operações vencidas, conforme o banco.
“As condições estão disponíveis para mais de 3,5 milhões de clientes – pessoa física, produtor rural e pessoa jurídica, que possuam dívidas inadimplidas oriundas de operações de crédito pessoal, cartão de crédito, cheque especial e outras”, diz nota da instituição financeira.
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