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O&P: Compras contidas sob o temor da ômicron
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O&P: Compras contidas sob o temor da ômicron

Tempo médio de leitura: 10 minutos

Nov 30, 2021
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Os investidores foram às compras ontem (29), mas com todo o cuidado e blindados pela cautela de quem monitora atentamente o noticiário para sair correndo a qualquer momento.

A Organização Mundial da Saúde classificou a variante do coronavirus ômicron como um grande risco global pela possibilidade de grande disseminação.

Agora, todos aguardam a conclusão das análises dos principais laboratórios mundiais fabricantes de vacinas contra a Covid-19. Os imunizantes atuais são eficazes com esta nova cepa?

Embora as altas nas bolsas de valores tenham sido possíveis ontem, não foram suficientes para sanar o tombo da semana passada.

Além do medo de uma provável quarta onda mundial de Covid-19, a semana tem o sobrepeso de uma agenda econômica intensa.

Hoje (30), haverá a divulgação de dados de confiança do consumidor nos Estados Unidos que vão indicar se o poder de compra naquele país vem se recuperando, mesmo sob a ameaça da inflação.

Amanhã (1), o mercado vai conhecer as informações sobre a economia norte-americana do Livro Bege, do Federal Reserve, que será divulgado às 16h, horário de Brasília.

No Brasil, quinta-feira (2), o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre será conhecido às 9h da manhã.

Já na sexta-feira (3), o Departamento de Trabalho dos EUA divulga os dados do setor naquele país.



Vendas no varejo do Brasil caem na Black Friday ante 2019

O varejo brasileiro teve alta de 6,9% nas vendas entre a quinta-feira e o domingo, período da Black Friday, em relação a 2020, afirmou ontem (29) a empresa de meios de pagamentos Cielo. Mas na comparação com 2019, o faturamento recuou 3,8%.

O desempenho deste ano, porém, marca uma melhora sobre a queda de 14,5% no faturamento nominal apurado no mesmo período do ano passado, quando as lojas físicas do setor sofreram com as medidas de isolamento social adotadas por vários Estados.

Segundo o indicador “ICVA” da empresa, as lojas físicas neste ano cresceram as vendas em 4% enquanto o varejo online viu um incremento de 16,4%. Porém, o desempenho do comércio eletrônico foi mais fraco que no ano passado, quando o crescimento registrado foi de 21,2%.

“A sexta-feira ainda é o principal dia de vendas, mas houve uma diluição no período analisado. O período consolidado apresentou crescimento de 6,9% versus 6,3%, quando observamos apenas o comportamento da sexta-feira”, disse o diretor de inteligência da Cielo, Pedro Lippi, em comunicado à imprensa.

A pesquisa afirma que o segmento de “turismo e transporte” teve o maior crescimento nas vendas do período sobre um ano antes, de 46%, reflexo em parte do fim de medidas de isolamento social. No fim de semana da Black Friday de 2020, o segmento teve retração de 50,7% sobre 2019.

Em seguida, a categoria com a segunda maior expansão nas vendas este ano no período foi “cosméticos e higiene pessoal”, com avanço de 15,3% sobre 2020.

A categoria de “materiais de construção” apresentou recuo mais intenso entre as pesquisadas pelo levantamento, com retração de 8,8% nas vendas, revertendo crescimento de 9,9% apurado em 2020 e reforçando temores da indústria da construção sobre desaceleração após meses de altas nas vendas.

Já o segmento formado por móveis, eletro e lojas de departamento, que costuma ser um dos principais alvos das ações promocionais do período, cresceu apenas 5,2% na Blak Friday deste ano, de acordo com o indicador.



Dólar atinge máxima em um mês e supera R$ 5,60

O dólar fechou em alta ontem (29), acima de R$ 5,60 e no maior patamar em um mês, amparado por renovados temores fiscais no Brasil num dia de força da moeda norte-americana em todo o mundo.

Os mercados globais de forma geral tiveram uma sessão de alívio, com a diminuição dos receios sobre uma nova variante do coronavírus patrocinando uma recuperação dos preços dos ativos. Porém, o dólar também ganhou terreno nesse contexto, uma vez que voltavam à mesa perspectivas de aumento de juros nos Estados Unidos.

No fim da manhã a cotação no Brasil recebeu impulso após notícia da Reuters de que o governo não descarta possibilidade de ter que lançar mão do Orçamento de Guerra mais uma vez para conseguir viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil.

Segundo uma fonte com conhecimento das negociações disse à Reuters, essa alternativa seria “caótica” para as questões fiscais, e o governo tentará nesta semana atrair votos para a aprovação da PEC dos Precatórios.

Voltar ao Orçamento de Guerra, ao qual se recorreu no ano passado para combate aos efeitos econômicos e sanitários da pandemia, na prática significaria autorizar o descumprimento de parâmetros e limitações fiscais, num momento em que o mercado ainda digere as recorrentes ameaças ao teto de gastos que elevam o temor sobre o futuro das contas públicas no Brasil.

“O cenário-base do mercado é a aprovação da PEC, então se isso não acontecer e o governo precisar recorrer a alternativas, a moeda vai além dos R$ 5,60”, disse Cleber Alessie, gerente da mesa de derivativos financeiros da Commcor DTVM.

Os mercados aguardam para terça ou quarta-feira a votação do parecer da PEC apresentado pelo líder do governo Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) na CCJ do Senado.

O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que, uma vez aprovada pela CCJ da Casa, a PEC dos Precatórios deve ser analisada pelo plenário na quinta-feira desta semana. E o secretário do Tesouro, Paulo Valle, reiterou não haver plano B para viabilizar o Auxílio Brasil de R$ 400 em 2022.

O dólar à vista fechou ontem em alta de 0,27%, a R$ 5,6114 na venda, maior patamar desde 1º de novembro (R$ 5,6712). A taxa variou de R$ 5,5798 (queda de 0,29%) a R$ 5,641 (valorização de 0,80%).

Na sexta, a cotação havia subido 0,55%, a R$ 5,5961, na esteira do pânico global com a nova variante ômicron do coronavírus.

Lá fora, o índice do dólar contra uma cesta de rivais de países ricos subia 0,14%, com o mercado recolocando nos preços expectativa de aumento de juros nos EUA – o que tenderia a elevar os retornos oferecidos pelos títulos do Tesouro norte-americano, tornando, assim, o dólar mais atraente.

As moedas emergentes medidas por um índice do JPMorgan caíam 0,23%, estendendo a queda de mais de 1% da sexta-feira, quando o mercado entrou em modo pânico por temores relacionados à nova variante ômicron do coronavírus. O índice está no menor patamar desde pelo menos o fim de junho de 2010.

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