EQL News: Dora Figueiredo abre o jogo
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Quando pequena, as brincadeiras preferidas de Dora Figueiredo envolviam atuação e comunicação. “Meu primeiro podcast foi em fita cassete, entrevistando a minha família”, brinca a influenciadora, que fez curso de teatro até os 18 anos. “Quando o YouTube começou a fazer muito sucesso, em 2011, eu estava terminando o ensino médio. Sempre achei que seria ótima nesse negócio de gravar vídeos, mas sabia que não aguentaria o tranco de trabalhar com a internet e lidar com os constantes julgamentos.” Nessa busca para se enquadrar nos padrões, Dora não investiu na plataforma de vídeos – e também não continuou estudando comunicação. Na realidade, ingressou na área acadêmica e foi cursar nutrição.
“Eu achava que precisava fazer aquilo. Tinha um desejo muito profundo de me enquadrar”, recorda. Essa peregrinação pelo pertencimento a um modelo preconcebido, no entanto, não durou muito. Tudo começou a desandar quando ela percebeu que aquela carreira não a faria feliz. “Tomei coragem e retomei o sonho de trabalhar com comunicação. Fiz isso como um plano B, sem desistir da nutrição, mas já foi um passo importante para mim.” Em 2016, finalmente ela criou um canal para falar sobre relacionamentos. O primeiro vídeo, “5 Coisas Para Não Fazer No Namoro”, foi gravado com a intenção de parecer uma conversa entre amigas. “Queria falar com outras mulheres.”
Por @katidi_koi
Com ingredientes como jambu e cannabis, neta transforma negócio da avó em uma das maiores marcas eróticas do país
Quem imaginaria herdar da própria avó uma marca erótica que se tornaria uma das mais premiadas do Brasil? Por mais exótica que pareça a herança, foi justamente o que aconteceu com Stephanie Seitz, atual CEO da INTT Cosméticos. Mulher viajada e à frente de seu tempo, como conta a neta, a matriarca da família resolveu fundar em 2007 uma empresa inicialmente focada em óleos sensuais. “Foi ela que percebeu como o Brasil estava atrasado em relação a isso, limitando itens de sexshop a produtos vulgares ou de qualidade duvidosa”, conta.
Anos mais tarde, a mesma percepção chegou a Stephanie. Vivendo na Alemanha, a paulista notou como esse mercado era tratado com naturalidade no exterior, sem o mesmo sentimento de vergonha que ela percebia no público brasileiro. Ao detectar a oportunidade de crescimento do negócio, ligou para a avó decidida: “Deixa eu ajudá-la”, disse na época.
A partir daí, a empresa deslanchou. Ao apostar em embalagens discretas, itens voltados às necessidades femininas e ativos mais potentes, a INTT já está presente em quase todos os cantos do mundo, passando pela Ásia, América Latina e Europa. Há seis anos consecutivos, ela também é considerada a melhor marca de produtos eróticos do país, de acordo com o Prêmio Melhores do Mercado Erótico e Sensual, da Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico (Abeme), registrando em 2021 um crescimento de 37%.
Inspirada pela mãe, Carina Arruda criou uma rede de estúdios de extensão de cílios
“Quando queremos buscar nosso propósito de vida, temos que consultar a nossa infância. É lá que os nossos desejos mais profundos estão.” A afirmação é de Carina Arruda, ao lembrar do momento em que decidiu empreender no setor de beleza. “Quando eu era criança, uma das minhas brincadeiras preferidas era fazer um salão de cabeleireiro com as minhas amigas. Eu arrumava o cabelo de todo mundo e fazia maquiagem. Mais do que isso, sempre ajudei a minha mãe a se arrumar e tentei fazer com que ela desenvolvesse autoestima. Revendo essas memórias, percebi que era nessa área que eu deveria investir.”
Naquele momento, Carina trabalhava como consultora publicitária em um dos principais jornais do país e ganhava um bom salário – acrescido de gordas comissões. Mas seu desejo de carreira sempre esteve ligado ao empreendedorismo. Anos antes, a jovem já havia tentado a sorte no mundo dos negócios, mas sempre movida pela necessidade de ajudar a família. “Quando eu tinha 16 anos, minha mãe teve um AVC. Na época, meu irmão tinha três anos e eu precisava fazer algo para bancar a nossa casa financeiramente”, conta. “Minha mãe nunca se declarou como empreendedora, mas foi feirante e dona de papelaria por muitos anos, então eu cresci tendo uma noção sobre como montar um negócio.” Como já tinha um pouco de conhecimento, Carina abriu um armarinho no bairro.
5 brasileiras acusadas de feitiçaria e perseguidas pela Inquisição
Troque caldeirões místicos, cheios de poções, por ervas medicinais. Substitua os chapéus pontudos por vestimentas comuns aos camponeses europeus. Essa é a imagem que mais se assemelha à realidade das “bruxas” do passado. Mulheres que mexiam com a terra, que sabiam usar plantas para curar uma série de males. E que, por isso, eram acusadas de “bruxaria” pela Santa Inquisição – grupo formado por instituições do sistema jurídico da Igreja Católica que tinha como objetivo combater a heresia, blasfêmia, bruxaria e costumes considerados não adequados para a época. Estima-se que cerca de 100 mil pessoas foram queimadas na fogueira, a grande maioria formada por mulheres.
Mas um fator entre o imaginário e a realidade pode ser comum: a solidão. Não porque elas matavam todos os parentes ou serviam criancinhas no jantar. As “bruxas” eram, simplesmente, mulheres solteiras, e, claro, não há crime mais hediondo do que não ter um marido…
Mesmo assim, muita gente não sabe que, no Brasil, as “bruxas” também deram as caras e espalharam o “terror” – ao menos é o que dizem as más línguas.
Conheça 5 bruxas brasileiras que caíram no feitiço do esquecimento →
Quem são as representantes do Brasil que vão competir nos Jogos Olímpicos de Inverno
Podem até dizer que elas estão entrando numa “fria”, afinal, quem pratica um esporte abaixo de zero representando um país que constantemente bate – e supera – a marca dos 30 graus? Mas, na verdade, esse nem é um desafio assim tão grande para quem se prepara para uma Olimpíada, onde o objetivo é – quase sempre – a superação.
Hoje (4) começam os Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, na China. A competição possui 15 modalidades, com representantes brasileiras em três delas: skeleton, esqui cross-country e esqui estilo livre. Para um país acostumado a torcer por futebol e vôlei, os nomes das modalidades podem até soar estranho. Mas vá se acostumando: ao longo de boa parte do mês de fevereiro, essas atletas deslizarão sobre o gelo e sobre a neve.
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